Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, abril 19, 2024
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Centrais preparam grandes manifestações para 22 de março

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O movimento sindical brasileiro está unido para as manifestações de 22 março, sexta-feira da próxima semana, quando será realizado um Dia Nacional de Lutas e Paralisações contra a reforma da Previdência proposta pela dupla Bolsonaro/Paulo Guedes. “Estamos intensificando a mobilização”, garantiu o secretário geral da CTB, Wagner Gomes. “Todas as centrais sindicais estão envolvidas e com posição unificada em defesa das aposentadorias e da Previdência Pública”.

Em Salvador o Ato Nacional ser´na Rótula do Abacaxi, a partir das 9h.

 6 MENTIRAS QUE TE CONTAM SOBRE AS MUDANÇAS NA PREVIDÊNCIA

1 – A REFORMA DA PREVIDÊNCIA VAI SER BOA PARA O PAÍS. MENTIRA!

Eles querem trocar o atual modelo de repartição pelo modelo de capitalização em contas individuais. Hoje essa contribuição é feita entre você, o patrão e o governo. No modelo de capitalização proposto por Bolsonaro, você ficará por sua conta e seu dinheiro será administrado por seguradoras, fundos de pensão e pelos bancos, da forma que eles bem

entenderem. Taxas abusivas? Problema seu! Se o banco falir? O problema é todo seu! Você ficará desprotegido e ganhará menos da metade de um salário mínimo.

Quer ver um exemplo? Hoje, se você contribuir com o mínimo exigido por 35 anos, você receberá um salário mínimo. Com a reforma de Bolsonaro, se você passar 35 anos contribuindo com R$ 100, você receberá R$ 234. Ou seja, não vai conseguir nem sobreviver!

2- A REFORMA FOI UM SUCESSO EM OUTROS PAÍSES. MENTIRA!

Depois de 30 anos da mesma reforma, os idosos de Chile, Colômbia, México e Peru vivem na extrema miséria. A reforma fracassou nesses lugares! Eles não possuem dinheiro para moradia, comida, remédios… O resultado disso é um alto índice de suicídios. Isso mesmo: é preferível morrer do que viver numa situação de extrema miséria!

3- O POVO TEM PRIVILÉGIOS DEMAIS. MENTIRA! COMO ELES PODEM DIZER ISSO?

Que povo é esse com privilégios? A gente trabalha a vida toda, atura o mau humor do patrão, passa mais de duas horas no transporte público, nem sempre tem aumento de salário e, mesmo assim, não deixa de contribuir com a aposentadoria.

E onde está o privilégio nisso, se a média da aposentadoria dos brasileiros é pouco mais de R$ 1.300? Eles querem te convencer de que a reforma é um mal necessário e colocar a dívida pública no seu bolso!

4- A REFORMA VAI ACABAR COM AS GRANDES APOSENTADORIAS. MENTIRA!

Na proposta entregue por Bolsonaro, é falado brevemente sobre uma possível mudança para deputados e senadores.

Atualmente, políticos, juízes e militares possuem aposentadorias milionárias. Mas esse ponto da reforma será decidido pelos próprios parlamentares. E você acha que eles vão votar a favor de quem?

5- NINGUÉM VAI MEXER NA IDADE E NO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. MENTIRA!

Bolsonaro vai aumentar, sim, a idade e o tempo de contribuição para se aposentar. Vai funcionar da seguinte forma: a idade mínima será de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Se você quiser se aposentar com 100% do salário, terá de contribuir por 40 anos. Moleza ter que trabalhar até os 80 anos, né mesmo?

Professores, funcionários públicos, trabalhadores rurais, pensionistas, serão ainda mais prejudicados com o aumento do tempo de contribuição e de idade para se aposentar.

6- EXISTE UM ROMBO NA PREVIDÊNCIA. MENTIRA! NÃO HÁ DÉFICIT!

O que não te contam é que o grande problema da previdência são os calotes das grandes empresas que acumularam, até 2015, uma dívida de R$ 375 BILHÕES, mais que o dobro do falso rombo de R$ 149 bilhões que o governo utiliza para justificar a reforma.

O governo perdoa a dívida dos ricos, mas vai você ficar devendo pra ver o que acontece!

 Texto do panfleto das Centrais Sindicais convocando Ato Contra a Reforma da Previdência

Nota das centrais sindicais sobre a edição da MP 873

A edição da MP 873 pelo presidente Bolsonaro é um grave ataque contra o princípio da liberdade e autonomia sindical e o direito de organização dos trabalhadores, dificultando o financiamento das entidades de classe, no momento em que cresce no seio da classe trabalhadora e do conjunto da sociedade a resistência ao corte de direitos de aposentadoria e previdenciários em marcha com a apresentação da proposta de Reforma da Previdência que já tramita no Congresso Nacional.

As centrais sindicais, os sindicatos, federações e confederações de trabalhadores tomarão todas as medidas de caráter legal e junto ao Congresso Nacional, as bancadas dos partidos políticos, e mobilizações para derrotar a MP 873 e os ataques contra o movimento sindical, que também são ataques contra a democracia brasileira duramente conquistada.

Reunidas em São Paulo nesta data, as centrais sindicais orientam que:

– A MP 873 não altera o desconto em folha de pagamento das mensalidades associativas e outras contribuições constantes nas Convenções e Acordos Coletivos aprovados em assembleias;

– Os empregadores que não efetivarem os referidos descontos, além da ilegalidade, incorrerão em práticas antissindicais e sofrerão as consequências jurídicas e políticas dos seus atos;

– As centrais sindicais denunciarão o governo brasileiro na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e demais organismos internacionais por práticas antissindicais;

– O coletivo jurídico das centrais sindicais construirá estratégias unitárias para orientar seus filiados e recomenda que nenhuma medida jurídica relativa à MP 873 seja tomada individualmente.

É oportuno reforçar que as centrais sindicais e o conjunto do movimento sindical já convocaram, para o dia 22 de março próximo, o Dia Nacional de Lutas contra o fim das Aposentadorias e por uma Previdência Social Pública, quando serão realizados atos públicos, greves, paralizações e mobilizações contra o projeto da reforma da previdência do presidente Bolsonaro, um processo de mobilização crescente dos trabalhadores e da sociedade civil em defesa dos seus direitos sociais, econômicos, de aposentadoria e previdenciários.

São Paulo, 7 de março de 2019.

Vagner Freitas – Presidente da CUT
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo – Presidente da CTB
Ricardo Patah – Presidente da UGT
José Calixto Ramos – Presidente da NCST
Antonio Neto – Presidente da CSB
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da CGTB
Atnágoras Lopes – Executiva Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio – Secretário-geral da Intersindical

 

 

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