Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ quinta-feira, abril 25, 2024
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Governo quer acabar com a gratuidade do SUS

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O governo Bolsonaro segue passando o rodo e penalizando os brasileiros, sobretudo o mais carente. Recentemente, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou à grande imprensa que pretende acabar com a gratuidade do SUS, um dos maiores sistemas de saúde pública no mundo, que prevê o “acesso integral, universal e gratuito a toda população do país”.

É claro que ainda há muito o que melhorar. Mas, não dá para negar que o SUS representa um avanço. Não é à toa que é referência internacional, com estudos nas principais universidades do mundo, como Harvard. Para se ter ideia da sua importância, mais de 70% dos brasileiros utilizavam o Sistema Único de Saúde em 2013.

Todo mundo conhece alguém que passou pelo SUS e, graças à gratuidade do serviço, conseguiu tratamento adequado. Mas, se depender do atual governo, o pobre terá de pagar para ter acesso ao sistema de saúde. Em menos de 10 meses, Bolsonaro acabou com o departamento de combate a AIDS, suspendeu a produção de 19 medicamentos que beneficiava diretamente cerca de 30 milhões de pessoas.

Vale lembrar que os estragos começaram antes mesmo de Bolsonaro assumir a presidência. Em novembro de 2018, depois de declarações depreciativas aos cubanos, praticamente pôs fim ao programa Mais Médicos, outra referência mundial.

www.bancariosbahia.org.br

Ministro da Saúde defende que SUS deixe de ser gratuito

Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na segunda-feira (27), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, colocou em xeque o atendimento gratuito do SUS (Sistema Único de Saúde).

“É justo ou equânime uma pessoa que recebe 100 salários mínimos ter o atendimento 100% gratuito no SUS? Quem vai ter 100% de atendimento gratuito no SUS? Eu acho que essa discussão é extremamente importante para esse Congresso. Eu vou provocá-la, vou mandar a mensagem, sim, para a gente discutir equidade e nesse ponto a gente vai pôr o dedo”.

A declaração do ministro chega às raias do cinismo. Como se, só porque a universalidade é uma das diretrizes do SUS, alguém que ganhe 100 salários mínimos no Brasil utilize ou vá utilizar o serviço público de saúde na sua atual realidade.

O que ele pretende com essa conversa de “equidade” é acabar com o princípio de gratuidade contido no SUS. Primeiro cobra dos ricos, depois de quem ganha até tantos salários, até chegar ao ponto em que o pobre vai ter que provar que é pobre para ter direito à assistência médica básica, a uma consulta, um exame, uma cirurgia.

Segundo o médico e mestre em Saúde Pública, Thiago Henrique Silva, “desde a Constituição de 1988, nenhum ministro ousou questionar a gratuidade do sistema”.

Na verdade, a fala e as intenções do ministro segue a cartilha do governo Bolsonaro e seu ministro da Economia Paulo Guedes, de acabar com qualquer direito da população,  principalmente dos mais pobres, precarizando os serviços públicos, acabando com a aposentadoria, cortando verbas da educação, defendendo cobranças de mensalidades em universidades públicas e acabando com direitos trabalhistas, entre outras atrocidades contra o povo.

www.horadopovo.

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