Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ segunda-feira, maio 20, 2024
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Mais 170 mil brasileiros entraram para a pobreza extrema no primeiro ano da Era Bolsonaro

Jair Bolsonaro. Foto: EVARISTO SA/AFP
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O grupo de pessoas em pobreza extrema no Brasil, que inclui os que vivem com menos de 1,9 dólar por dia, ganhou cerca de 170 mil novos integrantes em 2019 e encerrou o ano passado com 13,8 milhões de pessoas, o equivalente a 6,7% da população do país. É o quinto ano seguido no qual o número de brasileiros na miséria cresce.

Essa piora no grupo dos mais desassistidos ocorreu apesar de uma pequena melhora na renda média dos brasileiros e de uma ligeira redução da desigualdade no primeiro ano do governo Bolsonaro. Esse retrato do Brasil pré-pandemia da covid-19 foi divulgado pelo IBGE no início deste mês, por meio da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD) Contínua de 2019.

O país manteve o padrão da recuperação da crise de 2015 que vinha sido observado nos últimos anos, de cima para baixo: primeiros os mais ricos ampliam sua renda, depois a classe média e, por último, os mais pobres.

No ano passado, foi a vez de a classe média ter os maiores avanços médios da renda apurada pela PNAD. Por isso, a desigualdade de renda medida pelo índice de Gini caiu um pouco, pontuando 0,542 em 2019, contra 0,545 do ano anterior – quanto mais próximo de zero o índice, maior a igualdade.

Foi a primeira redução na desigualdade de renda desde 2015, mas, por ser tão diminuta, o IBGE considera que houve “estabilidade”. A PNAD não mede ganhos financeiros e não capta de forma precisa a evolução da renda do 1% mais rico da população.

Outro aspecto positivo apontado pela pesquisa foi um pequeno aumento da renda média da população, que no ano passado alcançou 1.406 reais, 1,4% superior à do ano anterior. Mas houve desaceleração da retomada. Em 2018, a renda média havia subido 3,9% em relação a 2017.

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O sociólogo Rogério Barbosa, pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de São Paulo (USP), afirma à DW Brasil que o ano passado foi “microscopicamente melhor” que 2018 em termos de renda e desigualdade, mas que o país não fez o suficiente para combater a pobreza.

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O principal motivo para o aumento do número de brasileiros em pobreza extrema são deficiências na execução do Bolsa Família. Em 2019, o programa chegou a ter uma fila estimada em mais de 1 milhão de famílias que estavam aptas a receber o benefício, mas não eram incluídas pelo governo.

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www.diariodocentrodomundo.com.br/ Bruno Lupion na Deutsche-Welle Brasil

 

 

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