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Pessoas são mais importantes do que economia, diz papa sobre crise da Covid-19

31.mai.2020 - O papa Francisco fez seu primeiro discurso do meio-dia de sua janela sobre a Praça de São Pedro em três meses por causa do coronavírus
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CIDADE DO VATICANO (Reuters) – O papa Francisco afirmou neste domingo que pessoas são mais importantes do que a economia, no momento em que países decidem com que rapidez vão reabrir suas economias após as restrições causadas pelo coronavírus.

O papa fez os comentários, a partir de texto preparado, no primeiro discurso do meio-dia de sua janela sobre a Praça de São Pedro em três meses, conforme o isolamento da Itália chega ao fim.

“Curar as pessoas, não poupar (dinheiro) para ajudar a economia (é importante), curar as pessoas, que são mais importantes do que a economia”, disse o papa.

“Nós, pessoas, somos templos do Espírito Santo, a economia não”, completou.

O papa Francisco não mencionou nenhum país. Muitos governos estão decidindo se reabrem suas economias para salvar empresas e padrões de vida, ou se mantêm o lockdown até que tenham certeza que o vírus está sob controle.

As palavras do papa foram recebidos com aplausos de centenas de pessoas na praça, muitas usando máscaras e mantendo vários metros de distância umas das outras. A praça foi reaberta ao público no domingo passado. Normalmente dezenas de milhares de pessoas comparem ao local no domingo.

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Discurso foi lido na Praça São Pedro no momento em que governos de diversos países se preparam para reabrir a economia

No momento em que os governos falam em reabertura da economia, apesar da pandemia do novo coronavírus seguir infectando e matando pessoas ao redor do planeta, em especial no Brasil, país onde o número de casos confirmados e óbitos passou a ser um dos maiores do mundo, o Papa Francisco lembra que as pessoas são mais importantes do que a economia.

Neste domingo (31), com uma Praça São Pedro meio vazia por causa das medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus, entre elas o distanciamento social e a proibição de entrada de turistas, o Papa Francisco foi enfático ao defender a vida.

“Curar as pessoas, não poupar (dinheiro) para ajudar a economia, (é importante) curar as pessoas, que são mais importantes do que a economia”, disse”.

Francisco saiu do discurso, lido da janela do Vaticano, o primeiro em três meses cumprindo o rigoroso isolamento da Itália que está chegando ao fim com 232.997 pessoas infectadas e 33.415 mortas pela Covid-19, até agora, para defender, mais uma vez a vida.

O papa Francisco não mencionou nenhum país, mas o discurso foi como um alerta para muitos governos que estão decidindo se reabrem suas economias para salvar empresas e padrões de vida, ou se mantêm o confinamento até que tenham certeza que o vírus está sob controle.

No Brasil, onde a pandemia já infectou mais de meio milhão de pessoas e levou a óbito mais de 29 mil, o isolamento sempre foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) que defende o isolamento vertical, só idosos e pessoas com comorbidade ficariam em casa, para, segundo ele, salvar a economia. A proposta é criticada por especialistas da área da saúde que apontam problemas como os jovens que saírem de casa contaminar os idosos ao voltar.

Bolsonaro chegou a levar um grupo de empresários ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pressionar os ministros pela reabertura da economia. Um deles disse que era preciso salvar os CNPJs. No mesma semana, Bolsonaro teve uma reunião virtual com empresários e disse que eles precisavam pressionar os governadores para acabar logo com a quarentena.

De lá para cá, os estados foram decretando a reabertura do comércio. Até São Paulo, epicentro da pandemia decidiu reabrir o comercio. O governador João Doria fez uma espécie de escala de cores, as cidades vermelhos continuam com tudo fechado, as de cor laranja podem abrir algumas estabelecimentos e assim por diante, como se o estado não tivesse registrando diariamente um número enorme de mortos e infectados.

Na Praça São Pedro, as pessoas aplaudiram com entusiasmo quando o Papa conclui sua fala dizendo: “Nós, pessoas, somos templos do espírito santo, a economia não”.

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