Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, maio 17, 2024
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Em Carta Aberta, Findect culpa governo e STF pelo impasse que levou à greve

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Em Carta Aberta dirigida à sociedade brasileira, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) atribui greve à intransigência do governo, que quer abrir caminho à privatização da empresa e conta com a cumplicidade do Supremo Tribunal Federal (STF).

Leia abaixo:

● Na negociação da Campanha Salarial de 2019, a direção da empresa quis tirar vários direitos da categoria. Os trabalhadores resistiram e o Tribunal Superior do Trabalho, TST, julgou e manteve os direitos conquistados ao longo de décadas de negociações, a maioria como compensação aos baixos salários.

● Inconformada, a direção da empresa apelou ao Supremo Tribunal Federal, STF, que concedeu liminar a ela (antecipação dos efeitos do pedido antes do julgamento).

● A decisão do STF surpreendeu, porque o TST é o tribunal superior responsável por questões trabalhistas, e pela regulação da justiça brasileira, um ente superior não pode interferir no outro, a não ser que houvesse violação da Constituição, o que não ocorreu.

● Valendo-se dessa liminar, o presidente dos Correios desrespeitou a decisão do TST de 2019, que definiu que os direitos constantes no Acordo Coletivo da categoria valem até 2021, e está reduzindo os benefícios e a remuneração dos trabalhadores em plena pandemia.

● A direção da empresa age junto com o governo federal, e mesmo com o lucro de R$ 460 milhões dos Correios no primeiro semestre de 2020, provocam uma greve de propósito, sem respeito algum com os trabalhadores, com a população e as leis do país.

● Com o lucro de R$ 460 milhões num semestre, não faltam recursos para a empresa nem para o governo, falta respeito aos trabalhadores e seus familiares!

● A greve não é culpa do Carteiro, do Atendente, do Operador de triagem, do Motorista ou Motociclista. Eles já ganham os menores salários entre os trabalhadores de todas as estatais brasileiras.

E estão tendo a remuneração reduzida através do corte de direitos.

Ninguém pode se calar frente a ataques como esse e às mentiras veiculadas na mídia pela direção dos Correios e o Governo Federal.

Os trabalhadores dos Correios contam com sua compreensão e seu apoio!

#EuApoioAGreveDosCorreios

#NãoAPrivatização

Adilson Araújo: “É Greve Geral dos Correios”

O presidente nacional da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, divulgou nota na noite desta segunda-feira (17) se solidarizando com os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios que aprovaram greve geral neste dia.

Confira a nota:

É Greve Geral dos Correios

De forma inédita em realização de assembleias virtuais à categoria aprovou e greve geral dos Correios em todo país. Com a deliberação, a partir das 22h desta segunda-feira (17) se inicia a paralisação.

Trabalhadores e trabalhadoras dos Correios deflagraram a greve por tempo indeterminado. A mobilização é uma resposta da categoria à ofensiva do governo Bolsonaro e Paulo Guedes para destruir as conquistas trabalhistas e abrir caminho à privatização da estatal.

A ECT não respeita o Acordo Coletivo que deveria valer até 2021. A categoria repudia os ataques e o pacote de medidas que a empresa vem submetendo ao funcionalismo.

A CTB presta solidariedade as entidades sindicais de base em total e irrestrito apoio a essa importante jornada de lutas em defesa da vida, dos direitos e do patrimônio do povo brasileiro.

Adilson Araújo – CTB Brasil

 

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