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‘Meu ministro da Saúde já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final’, diz Bolsonaro

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Presidente Jair Bolsonaro Foto: Pablo Jacob / Pablo Jacob

Presidente volta a criticar decisão do governador de São Paulo, João Doria, de obrigar população a tomar a vacina contra o novo coronavírus 

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta segunda-feira que o governo não vai obrigar os brasileiros a tomar a vacina contra o novo coronavírus. Bolsonaro disse que essa decisão é do Executivo federal e o ministro da Saúde, Edurado Pazuello, “já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final”.

– O Programa Nacional de Vacinação, incluindo como vacinas obrigatórias, é de 1975. A lei atual inclui a questão de pandemia lá, mas a lei é bem clara: quem define isso é o ministério da Saúde, e o meu ministro da Saúde já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final – afirmou.

Em seguida, sem mencionar nomes, o presidente criticou um governador que, segundo ele, “está se intitulando o médico do Brasil”.

– Tem um governador ai que está se intitulando o médico do Brasil, dizendo que ela será obrigatória – repito que não será -. Da nossa parte, a vacinação, quando estiver em condições de, depois de aprovada pelo Ministério da Saúde e com comprovação científica, e assim mesmo tem que ser validada pela Anvisa, dai nós ofereceremos ao Brasil, de forma gratuita, obviamente, mas repito: não será obrigatória – afirmou.

Na sexta-feira, Doria anunciou que, quando estiver disponível, uma vacina contra a Covid-19 será obrigatória em todo o estado e apenas as pessoas com atestado médico que serão liberadas de receber o imunizante.

– Em São Paulo a vacinação será obrigatória, exceto para quem tenha orientação médica e atestado médico de que não pode tomar a vacina. E adotaremos medidas legais se houver contrariedade nesse sentido – disse Doria.

A um apoiador que falou que a vacina estava sendo “feita nas coxas” e questionou “quem é que vai tomar uma desgraça dessas?”. Bolsonaro afirmou que é necessário ter comprovação científica para poder reconhecer-la.

– É, tem que ter comprovação científica, o país que tá oferecendo essa vacina tem que vacinar em massa aos seus, depois oferecer para os outros países. Assim muita coisa é até na área militar: você só consegue vender um produto bélico para outro país depois que você usar em seu território e, de forma comprovada, mostrar sua eficácia – disse.

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