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/ quinta-feira, maio 9, 2024
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OMS não foi consultada sobre a decisão de realizar a Copa América no Brasil

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva em Genebra Imagem: Reprodução
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A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que em nenhum momento foi consultada sobre a Copa América no Brasil, nem pelo governo de Jair Bolsonaro e nem por parte da Conmebol e CBF.

A agência mundial tem feito parte do planejamento de diversos mega-eventos, como os Jogos Olímpicos e mesmo entrou no debate para a criação de protocolos sobre a Eurocopa, que se disputa neste mês, e outros torneios.

Mas a OMS sempre insistiu que a decisão de sediar um evento ou não cabe aos organizadores e aos governos. “A decisão de organizar, adiar, cancelar ou transferir um evento cabe ao país anfitrião e aos organizadores”, disse a OMS.

Nesta terça-feira, Bolsonaro confirmou a realização da Copa América no Brasil, depois que o governo da Argentina vetou o evento por conta da explosão de casos da covid-19. Segundo o presidente, a Copa América segue os mesmos protocolos que já cumprem sendo adotados nas competições da CBF.

Os jogos ocorrem em Mato Grosso, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Goiás. Já o governador de São Paulo, João Doria , como redes sociais para informar que o estado não receberá jogos da competição. Ele disse que a “prioridade é conter a pandemia” e que a Copa América “representa uma grande sinalização do arrefecimento no controle da transmissão do coronavírus “.

Na segunda-feira, numa coletiva de imprensa, o diretor de operações da OMS, Mike Ryan, ainda fez um alerta sobre a situação crítica da pandemia na América do Sul. Segundo ele, dos dez países do mundo com os maiores taxa de mortes por habitantes, quatro são sul-americanos. O temor da OMS é de que uma nova onda atinja na região. “Existem desafios reais”, alertou.

Segundo Ryan, a taxa de mortalidade da região também está acima da média mundial, o que seria um sinal de que os sistemas de saúde estão sobrecarregados. “A transmissão é intensa”, disse. “A América do Sul vai na direção errada”, completou.

Em um email enviado à coluna, a agência mundial de saúde indicou that “a OMS não esteve envolvida em qualquer intercâmbio ou conversa com as autoridades pensantes a este torneio”.

Mas deixou claro que, ao longo de meses, tem feito parte de diversos preparativos referentes a torneios esportivos.

A OMS também destacou como, por anos, tem apoiado avançado na preparação de mega-eventos. “Antes da pandemia, um OMS / OPAS apoiou várias autoridades nacionais na sua avaliação de risco e nos esforços de preparação relacionados com o acolhimento de eventos de futebol (tais como o Campeonato Mundial da FIFA, e torneios de vários tipos)”, completou .

Grupo dedicado a mega-eventos

Na OMS, from o início da pandemia, o debate sobre a realização de eventos passou a fazer parte da agenda da entidade. Ainda em 2020, um grupo dentro da agência foi estabelecido para construir protocolos e a OMS passou a ser consultada com regularidade sobre os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Também no caso japonês, a entidade insistia que não cabia a ela cancelar ou autorizar um evento. Mas fazer proteger sobre como garantir a proteção e redução de riscos.

Lista de recomendações

Em abril de 2020, um OMS ainda publicou e divulgou todas as federações, uma lista de medidas que foram avaliadas por parte de países e entidades que desejam realizar um evento esportivo.

Uma lista longa inclui:

– Assegurar uma boa sinalização de higiene em todos os locais

– Prestar primeiros socorros e serviços médicos

– As especificações devem ser verificadas todos os dias e qualquer caso de febre deve ser anunciado ao pessoal médico do evento

– Os viajantes doentes devem ser geridos nos pontos de entrada

– Assegurar a capacidade de isolar casos suspeitos

– Desenvolver e disponibilizar comunicação de risco sobre características clínicas da COVID-19 e medidas preventivas, incluindo práticas de higiene das mãos, distanciamento físico, fornece práticas da quarentena e critérios para investigação aos ocupação com sintomas

– Assegurar a disponibilidade de luvas de borracha para o pessoal da equipe e voluntários que manuseiam roupa suja, toalhas, etc.

– Recomendar que como Toalhas sejam apenas para uso único

– Fornecer a cada participante uma garrafa de água limpa

– Fazer lenços e recipientes para eliminar lenços usados ​​com tampas disponíveis em todos os autocarros

– Proporcionar a cada equipe uma facilidade para a verificação da temperatura dos atletas atletas

– Determinar as áreas para cuidar e isolar os infectados

– Determinar as áreas de quarentena das pessoas em contato com os casos confirmados

– Determinar as áreas de treino dos atletas e do pessoal da equipa se um caso COVID-19 para notificação

– Preparar um local para receber um grande número de pessoas em quarentena

– Predeterminar os contactos de emergência com as autoridades de saúde locais

– Como máscaras médicas devem estar prontas, especialmente para o pessoal médico e deficientes físicos

– Fornecer toalhetes desinfectantes para desinfectar superfícies tocadas em todas as áreas

– Considere o fornecimento de embalagens individuais de prevenção para atletas contendo termómetro, máscara médica, higienizador de mãos, lenços descartáveis, copos de plástico descartáveis

Há também uma lista de medidas para separar, antes do evento começar. Elas incluem:

– Verificar proactivamente e regularmente o estado de saúde de todos os participantes

– Evitar participar no evento se um indivíduo estiver a sentir mal

– O líder da equipa deve garantir que as suas equipas e voluntários sejam informados sobre os protocolos para um doente suspeito e confirmado

Durante o evento

– Os participantes devem estar cientes e cooperar com o pessoal médico da equipe nos locais para verificar as suas instalações todos os dias. Qualquer febre acima dos 38 ° C tem de ser comunicada ao responsável médico do evento.

– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou higiene das mãos com higienizador à base de álcool

– As estações de higienização das mãos devem estar disponíveis em todo o local do evento

– Praticar etiqueta respiratória, cobrir tosse e espirros com lenços descartáveis, isolar e procurar aconselhamento médico se a tosse persistir.

– Evitar o contato com pessoas doentes

– Evite o contato com qualquer pessoa se estiver doente

– Utilização de luvas no manuseamento de toalhas ou lavandaria no ambiente da equipa

– As toalhas não devem ser partilhadas

– Os atletas não devem compartilhar roupa, sabonete em barra ou outros artigos pessoais

– As garrafas de água devem ser rotuladas e lavadas com sabão para máquina de lavar louça após cada ou prática jogo, e os funcionários e o pessoal devem ter como suas próprias garrafas de água para evitar a transmissão de vírus e bactérias

– Aconselhar os atletas a não tocarem na sua própria boca ou nariz

– Evitar apertos de mão ou abraços

– Evitar salas de vapor ou saunas

– Esteja atento à limpeza regular das superfícies frequentemente tocadas

www.noticias.uol.com.br /colunas/jamil-chade

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