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/ quinta-feira, maio 16, 2024
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Brasil cai uma posição em ranking de desenvolvimento humano da ONU

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País aparece na 87ª posição entre 191 nações e retorna ao nível de 2014; esta é a 2ª queda consecutiva do IDH global

Dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostram que o Brasil caiu de posição e agora é o 87º país do mundo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O índice mede o bem-estar da população considerando 3 aspectos: saúde, educação e padrão de vida. Veja a íntegra em aqui.

No documento, o IDH brasileiro ficou em 0,754 – considerado pelo Pnud como patamar alto -, entre 191 países, registrando uma queda de três posições em relação a 2020, quando o país ocupou o 84º lugar com 0,765. Essa é a primeira vez, em 32 anos, que o IDH cai globalmente por dois anos consecutivos – retrocedendo aos níveis de 2016.

Ao comparar com 2019, o que derrubou o IDH brasileiro foi a saúde, o que comprova o impacto da alta mortalidade no país durante a pandemia. A renda média do brasileiro progrediu, mas os indicadores de educação ficaram estagnados.

Já expectativa de vida média do brasileiro ao nascer, em 2019, era de 75,3 anos; em 2021 este número caiu para 72,8 anos. Nesse sentido, o país recuou 13 anos. A queda da expectativa de vida do brasileiro também foi maior que a média mundial, que sofreu uma redução de 1,6 anos, para 71,4 anos.

O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Nos últimos 2 anos mais de 684 mil brasileiros perderam a vida; enquanto nos EUA, foram mais de um milhão de mortes em decorrência da doença e a expectativa de vida no país ainda caiu 1,9 anos — 77,2 anos, ao nascer.

O desenvolvimento humano no Brasil também despencou no quesito “desigualdade”, perdendo nada menos do que 20 posições. De 0,754 cai para 0,576, uma queda de 23,6%. A principal causa para esse indicador é a desigualdade de renda. Já no fator “desigualdade de gênero”, a expectativa de vida das mulheres é 6,4 anos menor que dos homens e a renda média anual é US$ 7 mil a menos, de acordo com os dados do Pnud.

Países mais bem posicionados no ranking da ONU

Suíça, Noruega e Islândia permanecem no topo da lista de Desenvolvimento Humano, enquanto Sudão do Sul, Chade e Níger aparecem nos últimos lugares.

América Latina

O país que lidera o ranking na América do Sul é o Chile, na 42ª colocação (0,855). A seguir vêm Argentina, em 47º (0,842); Uruguai, em 58º (0,809); Peru, em 84º (0,762); Brasil, em 87º (0,754); e Colômbia, em 88º (0,752).

Portugal, um dos destinos favoritos dos brasileiros que buscam uma nova vida fora do país atualmente, ficou em 38º lugar, com índice de 0,866, atrás de Espanha (27º, com 0,905), França (28º, com 0,903) e Itália (30º, com 0,895).

Em outras regiões, o país com a melhor colocação é o Canadá, na 15ª posição, com índice de 0,936. Na sequência vêm os EUA, em 21º, com IDH de 0,921.

Entre os países asiáticos, o Japão ficou em 19º lugar (0,925), empatado com a Coreia do Sul. Já a Rússia ficou em 52º (0,822) e a China em 79º (0,768).

Na outra ponta do ranking, com os IDHs mais baixos, estão: Níger, na 189ª posição (0,400); Chade (0,394); e, em último lugar, Sudão do Sul (0,385).

No mundo, 90% dos países registraram declínio na pontuação do IDH em 2020 ou 2021, anos em que a pandemia afetou bilhões de pessoas em todo planeta.Segundo o documento, a Covid-19, a guerra na Ucrânia – e em outros lugares – e as mudanças climáticas, “estão alimentando uma crise de custo de vida sentida em todo o mundo, pintando um quadro de tempos incertos e vidas instáveis.”

www.vermelho.org.br/Bárbara Luz

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