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/ sexta-feira, maio 17, 2024
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Sinposba presente no 4º Encontro Nacional de Comunicação da CTB

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A secretária de Formação e Comunicação, Lucineide Sampaio, e o secretário de Gênero, Raça e Etnia do Sinposba, Edmilson Santos, participaram de 24 a 26 de março, no Hotel Portobello em Salvador, do 4º Encontro Nacional de Comunicação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB. 

A Abertura contou com o debate sobre a conjuntura política e os desafios da democratização da comunicação e o combate às fake news.

Encontro da CTB aponta desafios para a comunicação e a ação sindical

No segundo dia do 4º Encontro Nacional de Comunicação da CTB, realizado em Salvador, os participantes analisaram o momento político e apontaram para os desafios da comunicação e da ação sindical no novo cenário sob o comando do governo Lula.

O secretário geral da CTB Nacional, Ronaldo Leite, ressaltou que a frente ampla liderada por Lula foi importante, mas exige muita unidade dos partidos aliados e dos movimentos sociais. “A luta é complexa. Vemos o governo buscando construir maioria no Congresso tendo que contemplar interesses de partidos do Centrão, por exemplo. É importante colocar os bancos públicos para ajudar a retomar o crescimento da economia e a geração de empregos. Vamos construir um 1 de Maio unificado das centrais mais forte e convidar Lula para anunciar medidas importantes. Foi importante o governo ter aberto o diálogo com as centrais para construir políticas de valorização do salário mínimo, reforçar as finanças sindicais e a negociação coletiva, além da regulamentação dos trabalhadores de plataformas digitais. Mas, o movimento sindical precisa pressionar para que os avanços aconteçam”, ponderou.

Ao falar da democratização dos meios de comunicação, a coordenadora do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, Renata Mielli, destacou que o debate se dá em um cenário promissor, mas difícil. “Ainda não derrotamos politicamente a extrema direita e suas ideias conservadoras. Iniciamos a luta para reverter a agenda regressiva em curso. A construção ideológica da direita se faz via comunicação, especialmente redes sociais. A luta é desigual, pois as empresas de tecnologia de comunicação têm faturamento maior que o PIB de vários países do mundo. É contra esse poder econômico que lutamos para democratizar os meios de comunicação. Dentro do governo, os aliados já cobram a fatura: o Ministério das Comunicações ficou com o União Brasil, por exemplo. A comunicação sindical precisa entrar em campo para ajudar nessa luta estratégica. É essencial a universalização do acesso à internet, pois, sem comunicação democrática não tem democracia”, enfatizou.

Também coordenador do Barão de Itararé, o jornalista Altamiro Borges pontuou que os desafios se dão em um cenário mais favorável, porém de grande tensão. “Lutamos em um contexto de guerra, problemas econômicos do capitalismo financeiro e dificuldades na economia brasileira [cinco montadoras paralisaram sua produção). Além disso, temos bolsonaristas no Banco Central, que tentam boicotar o governo, e um Congresso refém do Centrão. O governo popular e amplo sofre pressões externa e interna. É nesse cenário que se coloca a comunicação sindical”, afirmou.

O dirigente apontou três pautas prioritárias: 1 – denunciar diariamente o facismo e seus escândalos, exigindo punição e mostrando que não são éticos; 2 – forçar o avanço das mudanças dentro do governo (aqui acaba a unidade tática contra o facismo, uma vez que muitos aliados não querem mudanças para a classe trabalhadora); e 3 – fortalecer a organização dos trabalhadores, que está muito debilitada e com problemas na representatividade e liderança, pouca renovação e baixa taxa de sindicalização.

Para Altamiro Borges, é preciso investir pesado na luta de ideias, através da comunicação. “Se não investir na luta de ideias, perderemos a luta econômica e a luta política. É importante investir em todos os instrumentos e ferramentas de comunicação, reforçar a ligação presencial com as bases e reforçar a presença da juventude para atuar nas redes sociais”, destacou.

SECRETÁRIO DO TRABALHO

O encontro teve, ainda, a presença do Secretário do Trabalho do governo Jerônimo Rodrigues (PT), Davidson Magalhães, que fez uma saudação aos sindicalistas. “É muito importante esse encontro da CTB para debater a comunicação nessa luta acirrada contra o facismo. Precisamos ajudar o governo Lula a promover mudanças na economia e para melhorar a vida dos trabalhadores. As forças de esquerda têm papel importante para o novo Brasil que queremos construir. A crise também é oportunidade de para transformações e o sindicalismo deve dar a sua contribuição nesse processo”, defendeu.

CTB define novo marco na comunicação com a rede nacional

“Essa rede nacional de comunicação vai contribuir para unificar nosso discurso e nossas ações, além de nos ajudar a comunicar com o conjunto da população”. Assim, o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) celebrou a criação da Rede de Comunicação da entidade.

A implantação da rede foi o ponto central do  4º Encontro Nacional de Comunicação da CTB, finalizado neste domingo (26), em Salvador.  “Com a comunicação em uma rede dinâmica e nossa luta, vamos ajudar a reconstruir o Brasil, com desenvolvimento e valorização do trabalho. É importante que cada sindicato ajude nesse projeto”, enfatizou Adilson.

Durante três dias, sindicalistas e profissionais de comunicação debateram os desafios e o fortalecimento da comunicação sindical para melhorar a ação das entidades. Mais de 240 pessoas participam do evento. O secretário de Imprensa e Comunicação da CTB Nacional, Anderson Guahy, leu a carta de intenções que definia a criação e o calendário de implantação da rede. “Vamos ativar a rede colaborativa para fortalecer a comunicação da Central e dos nossos sindicatos. Os estados indicarão duas pessoas para integrar e desenvolver esse projeto. No dia 5 de abril, teremos nossa primeira reunião de pauta e lançaremos a Rede de Comunicação da CTB no dia 1º de Maio”, destacou.

COMPROMISSO DAS REGIÕES 

Falando pelo Nordeste, a secretária de Imprensa da CTB Bahia, Ivanilda Brito, ressaltou que esse projeto é um passo importante na comunicação da Central. “Vamos fortalecer a credibilidade do sindicalismo junto às categorias e à sociedade. Os sindicatos terão papel decisivo na rede”, afirmou.

Representando o Norte, o presidente da CTB de Rondônia, Joel Chaves, lembrou que o conservadorismo que predomina na região e que “a rede nacional vai ajudar as ideias classistas chegarem em lugares longe”.

A presidenta da CTB Minas, Valéria Morato, falou pelo Sudeste e enfatizou que o maior desafio é ganhar corações e mentes da classe trabalhadora e da população para a ideia de uma sociedade melhor. “Por isso, a importância e a necessidade dessa rede nacional”, pontuou.

Os dirigentes do Centro-Oeste já haviam viajado, mas Victor Frota enviou mensagem assumindo o compromisso da região de ajudar a construir e desenvolver o projeto.

www.ctbbahia.org.br

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