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/ segunda-feira, maio 6, 2024
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Emprego formal fica positivo no ano, mas país tem 14 mi de desempregados

Imagem: iStock
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O Brasil abriu 414.556 vagas de emprego com carteira assinada em novembro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério da Economia. Os números são resultado de 1.532.189 contratações e 1.117.633 demissões no mês passado.

É o melhor resultado para todos os meses desde o início da série histórica do Caged, superando o recorde anterior registrado em outubro. É também o quinto mês consecutivo de saldo positivo e o melhor do ano até o momento.

Com isso, o país passa a ter saldo positivo na criação de empregos formais, primeira vez desde o início da pandemia. De janeiro a novembro, o saldo acumulado é de 227.025 empregos (13.840.653 admissões e 13.613.628 demissões).

O total de empregos com carteira no país somou 39.036.648 vínculos em novembro, o que representa uma variação de 1,07% em relação ao mês anterior e bem próximo do registrado em novembro de 2019 (39.358.772).

14 milhões de desempregados

Apesar disso, números divulgados mais cedo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que o desemprego segue em patamar elevado no país.

Segundo dados da Pnad Covid-19, um taxa de desemprego subiu e chegou a 14,2% em novembro, a maior da série histórica da pesquisa, ex em maio. Isso corresponde a 14 milhões de pessoas sem trabalho no país – em outubro foram 13,8 milhões.

O número de desempregados também é recorde da série, com um aumento de 2% frente a outubro e de 38,6% desde o início da pesquisa (maio). Em outubro, um taxa de desemprego foi de 14,1%.

Esse aumento da população desocupada ocorre, principalmente, na região Nordeste. Nas demais regiões ficou estável, sendo que não houve Sul queda na desocupação.
Maria Lucia, coordenadora da Pnad Covid-19 Mensal

Desemprego é maior entre mulheres e negros

De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego entre as mulheres foi de 17,2%, maior que a dos homens, que ficou em 11,9%.

Por cor ou raça, um taxa foi maior entre negros —que inclui pessoas que se declaram preta ou parda—, de 16,5%. Para a população branca, a taxa ficou em 11,5%. Isso representa um aumento de 0,3 ponto percentual na taxa entre negros, enquanto a taxa entre os brancos manteve-se inalterada pelo quarto mês consecutivo.

Por grupos de idade, os mais jovens jovens taxas de desocupação maiores (24,2% para aqueles de 14 a 29 anos de idade). Na análise por nível de escolaridade, os que têm nível superior completo ou pós-graduação tiveram como menores taxas (6,7%).

Informalidade

Em novembro, a taxa de informalidade ficou em 34,5%, a mesma do mês anterior, segundo o IBGE. Norte e o Nordeste padrões com os maiores níveis de informalidade, 49,6% e 45,2%, respectivamente.

Em números absolutos, 29,2 milhões de pessoas estavam informais em novembro, equivalente a 34,5% do total de ocupados no país. Isso representa um aumento de 0,6% em relação ao total de informações em outubro.

Pesquisas diferentes

Os dados divulgados hoje pelo IBGE e pelo Ministério da Economia têm metodologias diferentes. O ministério da coleta informações declaradas por empregadores por meio dos sistemas do eSocial, Caged e Empregador Web, portanto apenas empregos formais.

Já a pesquisa do IBGE é mais ampla e aborda também trabalhadores informais e pessoas que estão em busca de emprego. Essas informações são relatórios por meio de informações e consultas a outras bases de dados, como beneficiários de programas sociais.

www.uol.com.br

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