Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sábado, maio 18, 2024
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Emprego sem carteira bate novo recorde

Foto: Jorge Araújo/Fotos Públicas
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São 13,4 milhões de brasileiros sem carteira de trabalho. Informalidade atinge 39,1% da população ocupada ou 39 milhões no trabalho precário, vivendo de “bico”, por conta própria

Alto índice de informalidade e recorde no número de trabalhadores sem carteira assinada foram os destaques da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua) do trimestre móvel de agosto a outubro de 2022. De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (30), a taxa de desocupação da população estava em 8,3%, o que representa 9 milhões de brasileiros em busca de emprego sem encontrar.

Mesmo que a taxa de desocupação tenha caído nos últimos meses (o percentual de outubro é o menor desde 2015), o universo de pessoas ocupadas em atividades informais e o rendimento médio da população em patamares baixos são traduzidos como demonstração da degradação do mercado de trabalho e do empobrecimento da população que foram marcas do governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com a Pnad, em outubro, o número de trabalhadores sem carteira assinada bateu recorde histórico, com 13,4 milhões de brasileiros nessas condições – um aumento de 11,8% (ou 1,4 milhão de pessoas) em relação ao ano anterior.

O número de trabalhadores no setor público também foi recorde com 3,1 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro, foram mais 266 mil pessoas no trimestre e 785 mil no ano. São os trabalhadores sem vínculo formal, os temporários, os PJ, sem direitos trabalhistas, como 13º salário, FGTS e seguro-desemprego.

A taxa de informalidade, que inclui os que trabalham sem carteira e os que exercem atividades consideradas “bicos”, foi de 39,1%, ou 39 milhões de pessoas. Esse número supera os que trabalham com carteira assinada, que somaram 36,6 milhões em outubro.

As atividades informais a que recorreram os trabalhadores que não encontram ocupação formal, além da falta de estabilidade e direitos, remuneram menos e contribuem para o rebaixamento do rendimento médio dos trabalhadores em uma situação de carestia generalizada. De acordo com a Pnad, o rendimento real habitual ficou em R$ 2.737 em outubro.

Somando todas as condições de ocupação, o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão ocupadas foi de 57,4%.

Já a taxa composta de subutilização, que mede o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial foi de 19,5%, somando 22,7 milhões de pessoas.

O número de trabalhadores por conta própria foi de 25,4 milhões de pessoas. Os desalentados, que constituem aqueles que desistiram de procurar trabalho, foi de 4,2 milhões.

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