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Privatizar não é a solução para os problemas

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A argumentação contrária à privatização se baseia na preocupação de que as empresas privadas tendem a subinvestir em serviços essenciais, como água e energia, devido à expectativa de que o governo terá que assumi-los em caso de problemas.

Enquanto o presidente Lula cancela planos de privatizações, governadores de, pelo menos, seis estados continuam determinados a vender estatais, contrariando uma tendência mundial de reestatização.

Segundo dados do TNI (Transnational Institute), desde o ano 2000, ocorreram 1.658 casos de “desprivatização” de serviços em todo o mundo. Entre 2000 e 2010, foram 417 casos de reestatização, média de 37 por ano. No período de 2011 a 2021, o número disparou para 1.227 casos, média anual de 111. Áreas como água e energia lideram as reestatizações, com 393 casos relacionados a água e saneamento e outros 383 à energia, totalizando 46% do total.

A argumentação contrária à privatização se baseia na preocupação de que as empresas privadas tendem a subinvestir em serviços essenciais, como água e energia, devido à expectativa de que o governo terá que assumi-los em caso de problemas.

Por outro lado, o governo Bolsonaro vendeu 36% das estatais brasileiras, reduzindo o número de empresas controladas pelo governo de 209 para 133. A privatização da Rlam (Refinaria Landulpho Alves), na Bahia, foi uma delas.

A Rlam era uma das refinarias mais importantes da Petrobras e desempenhava papel fundamental na produção e distribuição de combustíveis para o Nordeste. Por conta da privatização, a Bahia tem hoje a gasolina mais cara do país.

www.bancariosbahia.org.br

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