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Inflação de 2023 fica abaixo do esperado (4,54%) e desmoraliza pretexto do BC para juro alto

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A inflação oficial no Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, deve ficar, de acordo expectativas atualizadas de economistas, em torno de 4,54% em 2023. No início do ano passado as projeções do mercado financeiro foram as de que o IPCA ficasse em torno de 5,31%.

O índice deve ficar, portanto, dentro da variação de 1,5% para mais ou para menos da meta de 3,25% estabelecida pelo Banco Central (BC), ou ainda, abaixo do teto de 4,75%. Há dois anos a inflação acontece acima das metas estabelecidas para o BC. Os números finais do IBGE serão divulgados quinta-feira (11).

Os resultados da inflação de 2023 tornam cada vez mais insensata a manutenção por Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), da taxa Selic nos atuais 11,75% ao ano, a maior taxa de juros reais do planeta.

Como taxa básica de juros da economia, a menor possível sem subsídios, que impacta, no caso para cima, no funcionamento das taxas de juros de toda a economia, sua permanência ou redução a conta-gotas, é um forte fator de aumento inflacionário.

Ainda a considerar, o efeito negativo contra os investimentos produtivos. Não é aceitável para nenhum empresário fazer um novo investimento quando seu custo de capital é maior do que o retorno do investimento.

Com o comportamento estável dos preços dos alimentos e combustíveis, ao contrário do que ocorreu entre 2021 e 2022 cujos aumentos em 12 meses de até 37% pelo IGPM, devido à falta de políticas de preço mínimo e estoques reguladores e a vigência da extinta PPI imposta pelo governo Bolsonaro à Petrobrás, a inflação recuou para os atuais patamares e mais um vez: precisa da queda da Selic para manter-se em níveis aceitáveis.

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