Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ domingo, abril 28, 2024
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Postos de combustíveis cortam vagas e demitem 600 funcionários na BA

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MATÉRIA PUBLICADA NO CORREIO DA BAHIA, 15 DE AGOSTO

O Presidente do Sinposba, Antonio do Lago, frisa que “as demissões estão ocorrendo porque os patrões querem contratar outros funcionários com contratos precários”, como estão defendendo nas negociações da Campanha Salarial, ao proporem a terceirização na atividade fim e a implantação do turno de 12×36 horas.

POSTOS DE COMBUSTÍVEIS CORTAM VAGAS E DEMITEM 600 FUNCIONÁRIOS NA BA

Carga tributária e queda nas vendas afetam setor no estado
Alegando problemas com a carga tributária e a redução nas vendas de gasolina e diesel, donos de postos de combustíveis da Bahia demitiram, no primeiro semestre deste ano, cerca de 600 funcionários. Desse total, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba), pelo menos 200 dispensas ocorreram nos últimos 60 dias na rede Menor Preço, que possui unidades em várias cidades do interior e tem sede em Feira de Santana.

O CORREIO tentou, diversas vezes, contato com a direção da rede Menor Preço, ontem, mas não obteve retorno. Gerentes de postos de Feira de Santana disseram que não poderiam comentar as demissões. Nos postos da bandeira em Salvador, o clima é de apreensão. “Estamos inseguros com essas demissões. Eu tenho medo porque sou pai de uma menina de 8 meses e não posso ficar desempregado”, disse Eduardo Santana, 25, frentista do Posto Menor Preço do CIA.

No posto BR em Águas Claras, a última demissão foi há dois meses, quando dois funcionários perderam o emprego. E, além das demissões, outro problema que preocupa o frentista Valdir Mathias, 43, é a falta de segurança. “Por enquanto, eu ainda não pensei nas demissões, mas precisamos trabalhar com mais segurança”, afirmou.

No posto Shell de Simões Filho, o clima é de mais tranquilidade. O chefe de pista Claudécio Caldas informou que, em vez de demitir, o posto contratou. “Sou chefe de pista há quatro meses. Me sinto seguro aqui e não fiquei sabendo de demissões. Aqui a empresa tem contratado cada vez mais e eu sou um exemplo disso”.

Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram que foram comercializados na Bahia, no primeiro semestre deste ano, 3,365 bilhões de litros de combustíveis (etanol, gasolina de veículos terrestre e de aviação, GLP, óleo combustível, óleo diesel, querosene de aviação e querosene iluminante), numa queda de 2% em relação a igual período de 2017.

A maior preocupação dos cerca de 2.700 postos do estado, representados pelo Sindicombustíveis, é com relação a queda nas vendas de gasolina (redução de 10% no primeiro semestre) e óleo diesel (-0,40%). Também reclamam da carga tributária. Na Bahia, os tributos federais (PIS/Cofins mais a Cide) e estadual (ICMS) fazem a gasolina ficar mais cara R$ 1,92 por litro, de acordo com a da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes. Os mesmos impostos fazem o diesel mais caro em R$ 0,93, e o etanol, tirando a Cide, em R$ 0,94.

2.700 é o número de postos de combustíveis existentes hoje em todo o estado

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